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Ler e escrever em tempos digitais – Contribuições da Educomunicação

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07/03/2014 04:54:54

Cristiane Parente BarretoCristiane Parente de Sá Barreto Jornalista e professora Doutoranda em Comunicação pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho e Mestre em Educação pela UnB ***
Para que lemos? Lemos hoje da mesma maneira que líamos há décadas? Para refletirmos sobre essas questões, vale a pena conhecer a etimologia de algumas palavras. Leitura, por exemplo, lectura, tem seu significado ligado a eleição, escolha. O verbo Ler, do latim, legere, que tem sua origem na agricultura, quer dizer colher, recolher ou, se pudermos fazer uma analogia, escolher os melhores frutos (as melhores leituras). Cada leitor é também autor, pois resignifica o que lê e, a partir de suas leituras, reafirma sua condição humana, transforma informação em formação, conhecimento, saber e, por isso mesmo, pode tornar-se mais crítico diante das diversas mensagens do mundo e cuidar mais do planeta a partir de si, de suas ações cotidianas, de seu olhar para o outro, para a comunidade que o cerca. O ato de leitura é o que dá sentido ao mundo. É também um ato político, porque precisamos entender as correlações de forças que existem na sociedade. Isso é leitura, interpretação. E, segundo a professora Eliana Yunes, coordenadora da Cátedra Unesco de Leitura, na PUC-RJ, a capacidade de interpretação nasce da nossa condição de leitor. Quem não é leitor, tem dificuldade de interpretar, de dar sentido, saber! Realfabetização, releituras sobre o mundo Esse saber sobre o mundo demanda uma realfabetização, um novo modo de ler esse mundo, já que ele chega até nós cada vez mais midiatizado, fragmentado, editado. É preciso que cada um de nós, leitores, desnaturalizemos essa pseudo-transparência das mídias, das tecnologias, das lentes e telas pelas quais recebemos informações e formações. Se os meios de comunicação contribuem na definição de identidades, na representação da ideia que temos do mundo, temos que aprender a lê-los também. E isso requer uma nova alfabetização para a qual escolas, educadores, pais... devem estar dispostos a aprender e ensinar. É preciso aprender a aprender, aprender a ler o mundo, as pessoas, a política, a economia, a ter autonomia para buscar conhecimentos e a colher as melhores informações; aquelas que nos comovem, ou seja, que nos tiram do lugar em que estamos e nos levam a outro. Um leitor comovido é alguém que foi deslocado, mobilizado, tocado pelo que leu. Se uma leitura não servir para nos transformar em outra pessoa, não despertar nossa humanidade, reflexão, emoção... para que serve, então? O novo leitor, do mundo digital, de uma sociedade multimídia, deve entender que não basta ter muita informação para estar bem informado; é preciso ser curador dessas informações e saber o que fazer com elas, porque há tantos textos no mundo e meios para consegui-los, que as pessoas muitas vezes já não se ocupam mais do seu conteúdo, mas da maneira como eles são apresentados, disponibilizados. “O meio é a mensagem”, já dizia Mc Luhan. É feita uma escolha estética, que nem sempre tem a ver com a ética e os valores ideais para o desenvolvimento de uma sociedade mais crítica, cidadã, solidária. Se há mais liberdade por um lado, ainda falta reflexão e ação sobre a responsabilidade e a ética que devemos ter ao criar conteúdos e compartilhá-los. Há cada vez menos tempo para reflexão em meio à quantidade de mensagens recebidas diariamente. Apela-se muito para os sentidos e pouco para o sentido da informação. Há uma sobrevalorização do audiovisual que provoca uma hipertrofia sensorial; vemos uma contraposição entre o impacto/emoção causado pelas imagens e o tempo para a contextualização das informações, um domínio da sensorialidade em detrimento da contextualização; da sensação em detrimento da compreensão. E o leitor de hoje precisa ser formado para entender essa realidade. Acreditamos que a Educomunicação pode ser um caminho para o mundo de hoje e do amanhã, porque mostra a importância da comunicação (tornar comum) para o convívio humano; trabalha com a possibilidade de que todos, independentemente de credo, idade, sexo, raça, etc, são produtores de cultura e podem contribuir para projetos colaborativos de mudanças sociais e propõe a construção de ecossistemas comunicativos mais dialógicos e criativos nos diversos ambientes educativos, quebrando a hierarquia na distribuição do saber. A partir da Educomunicação, a escola poderia transformar-se num lugar de experiências culturais, informação e educação; onde se aprendesse a pesquisar e a ter prazer pelo conhecimento, pela crítica, análise e leitura do mundo, sem que se perdesse o dom de se emocionar e de criar. Um lugar onde se aprendesse a gostar de ler com o exemplo dos professores, afinal, como destaca o autor Daniel Pennac, o verbo ler, assim como o verbo amar, não aceita Imperativo. Autores inspiradores desse texto: Paulo Freire, Luis Fernando González Rey, Eliana Yunes, Jesús Martín-Barbero, Ismar de Oliveira Soares, Manuel Pinto, Sara Pereira, Roland Barthes, Daniel Pennac.  

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